sábado, 5 de novembro de 2011

FACEBOOK

Não tenho conseguido atualizar este blog diariamente. Adoraria ter mais tempo para fazer isso. Acontece que descobri o facebook e acho esta rede social muito mais interativa. Por lá, tenho postado textos, fotos, vídeos, comentários e posso visualizar também tudo que meus amigos, ou conhecidos, postam e dizem. Tenho me sentido mais atraído pelo facebook. Utilizo para evangelização. Acho que todo o catequista deveria ter um endereço no facebook e lá colocar suas impressões sobre a vida, sobre a catequese, seus textos, suas orações, suas fotos. Assim como no orkut, no facebook é vc quem determina quem vai ser seu amigo ou não. Me sinto menos sozinho no facebook. Ando achando isso aqui, este blog, tão monótono. Dificilmente interajo com alguém por aqui. Dificilmente alguém deixa algum comentário. Por aqui, as pessoas entram e saem sem deixar sinal. Acho que já passou o meu tempo de blog. E do que adiante ter uma página na internet se naõ consigo atualizá-la? Para ficar aqui, parada, estática, sem comentários, sem interatividade? Hoje, sinceramente, acho que todo o evangelizador deveria estar numa rede social. Uma página do facebook é muito interessante. Passa por lá, dá uma olhada na minha, e se quiser ser meu amigo ou amiga, terei a honrta de aceitar.

Peritos em Jesus

Estou lendo vários livros. Um deles chama-se “A arte de ser discípulo”, de Amedeo Cencini. Outro que estou lendo e aproveito para  indicar. "Reencarnação ou ressurreição: uma decisão de fé", de Renold J. Blank, publicado pela Paulus.  E ainda, "Jesus - aproximação histórica" de José Antonio Pagola, livro publicado pela editora Vozes e que contém quase 700 páginas. Estou na página 111. Mas quero, pelo menos para este texto, me fixar numa obra específica, escrita pelo Papa Bento XVI, e que ainda estou na metade da leitura. Chama-se “Os apóstolos e os primeiros discípulos de Cristo – nas origens da Igreja”, publicado pela Paulus.  Nesta obra, o Papa destaca, sob a luz dos evangelistas, o que foi decisivo para que, após convidados por Jesus, os apóstolos continuassem junto com ele. Primeiro, o Papa cita o evangelista Marcos como fonte, logo no início do livro: “Jesus acabara de iniciar a pregação do Reino de Deus, quando o seu olhar pousou sobre duas duplas de irmãos:  Simão e André, Tiago e João. São pescadores, empenhados em seu trabalho quotidiano. Lançam as redes, e as recolhem. Mas outra pesca os espera. Jesus os chama com firmeza, e eles o seguem imediatamente: agora serão pescadores de homens”.
  Depois, a fonte  é o evangelho de Lucas. “Mostra o caminho da fé dos primeiros discípulos, esclarecendo que o convite para o seguimento lhes chega depois de terem escutado a primeira pregação de Jesus e experimentado os primeiros sinais prodigiosos por ele realizados. Em particular, a pesca milagrosa constitui o contexto imediato e oferece o símbolo da missão que lhes foi confiada. O destino desses ‘vocacionados’, dali em diante, estará intimamente ligado ao de Jesus. O apóstolo é um enviado, mas, antes disso, é um ‘perito’ em Jesus”. Vejam só o que foi dito, faço questão de repetir: o apóstolo é um enviado, mas, antes disso, é um ‘perito’ em Jesus.
            Mais adiante, Bento XVI se apega ao evangelho de João: “A presença dos futuros discípulos, provenientes da Galiléia, assim como Jesus, para viver a experiência do batismo administrado por João, ilumina o seu mundo espiritual. Eram homens na expectativa do Reino de Deus, desejosos de conhecer o messias, cuja vinda era anunciada como iminente. Para eles, basta a indicação de João Batista, que aponta em Jesus o Cordeiro de Deus, para brote neles o desejo de um encontro pessoal com o mestre. As frases do diálogo de Jesus com os dois futuros apóstolos são muito expressivas. Á pergunta: ‘O que procurais?’ eles respondem com outra pergunta: ‘Mestre, onde moras?’. A resposta de Jesus é um convite: ‘Vinde e vede’. Vinde para poder ver.”
Bento XVI, ainda se utilizando do evangelho de João, reforça que a aventura dos apóstolos começa como um encontro de pessoas que se abrem reciprocamente. “Começa para os discípulos um conhecimento direto do mestre. Vêem onde mora e começam a conhecê-lo. De fato, não serão anunciadores de uma idéia, mas testemunhas de uma pessoa. Antes de serem, enviados a evangelizar, deverão ‘estar’ com Jesus, estabelecendo com ele uma relação pessoal. Sobre essa base, a evangelização nada mais será do que um anúncio daquilo que foi experimentado, e um convite para entrar no mistério da comunhão com Cristo”. Vou repetir o que escreveu Bento XVI sobre o convite feito por Jesus aos primeiros apóstolos: “De fato, não serão anunciadores de uma idéia, mas testemunhas de uma pessoa. Antes de serem, enviados a evangelizar, deverão ‘estar’ com Jesus, estabelecendo com ele uma relação pessoal”.

            O apóstolo é um enviado, mas antes disso, um ‘perito’ em Jesus. Os apóstolos foram ver e conhecer Jesus. Tiveram com ele uma experiência pessoal que os encorajou à missão. Quantos catequistas estão na missão mas não sabem nada de Jesus, desconhecem a sua história e com isso, não fortificam a sua crença. Por isso, não convencem, não encorajam outras pessoas, não tocam corações e desistem diante da primeira dificuldade. Tratam a evangelização apenas como anúncio de idéias e não agem como testemunhas de uma pessoa. Com isso, não estabelecem com Jesus uma relação pessoal.
            Por isso eu reforço o que tenho dito, às vezes de forma indireta através dos textos que escrevo e nas palestras que sou convidado a proferir: existe a  necessidade urgente de uma ‘reevangelização’ de todos aqueles que se dispõem ao trabalho de anuncio do evangelho.
            Através dela, precisamos entender qual é de fato o verdadeiro caminho de Cristo, seus desafios, seus espinhos e seus interesses atuais e, antes de qualquer coisa, precisamos  de uma experiência pessoal e definitiva, que provoque em nosso coração o desejo de mudar a nossa vida em prol de um projeto maior.
            É neste encontro que encontraremos o real sentido da missão e a coragem necessária para prosseguir na caminhada que estamos sendo convidados.
Se não for assim, é anúncio de idéias, e não uma relação pessoal. Apenas, tão somente, anunciar idéias, não converte, não anima, não transforma, não edifica.
            Experimentar Cristo e a partir daí redescobri-lo, é urgente para continuar evangelizando!