....Oi Alberto meu nome é Gisele e eu te conheci pelo site "catequisar.com" amei cada um de seus textos, usei vários em formaçãoes de catequista e retiros. Tenho só o primeiro livro, que li rápidinho também, muito embora já conhecia vários textos, mas mesmo assim é sempre uma leitura muito agradável. eu trabalho na formação pastoral da minha paróquia, pulei da formação de catequista, para a coordenção garal pastoral, formulando retiros e apostilas para todas as pastorais e agora gerencio o Blog da paróquia, (http://saocristovaobetim.blogspot.com/) é muito trabalho mas é tão bom!!!! Vc me inspirou muito e sempre busco não ser uma Eleonora, sou uma catequista melhor depois de seus textos. Te achei tem pouco aqui nesse blog. Estou mega feliz por poder ler seus textos novamente. espero que não se importe de as vezes eu postar seus textos (com os deidos créditos e lnks) no blog da minha paróquia. Abraços..."
Gisele | gisaafonseca@gmail.com | Betim/MG |
...Olá Alberto nos conhemos em Tangará da Serra quando por lá passaste para uma palestra sobre catequese bem me lembro de sua palavras que marcaram e fizeram com que me tornasse sua fã "catequese não é aula e catequista não é professor/a" conversamos muito depois do encontro porque na verdade eu não estav participando diretamente já que morava lá e estava trabalhando lembra? A partir daquele dia tenho acompanhado seu blog ele me anima nesta caminhada como catequista. tenho os dois livros e quando estou desanimada leio um trecho e me animo de novo.que Deus te ilumine sempre.Lúcia...."
Lucidia | lucidiarosa@hotmail.com | Sinop-MT |
Abaixo, partilho com todos vocês um depoimento que recebi de uma catequista, que fala de seus dramas e angústias na catequese.
Olá Alberto!
Não nos conhecemos, mas recebi um texto seu a respeito do que falta na catequese e achei muito interessante, cada linha ali escrita é uma dura verdade. Eu particularmente vivo um destes momentos em que deixo um pouco de acreditar no ser humano, em especial naqueles com os quais convivi por um longo período dentro de minha paróquia.
Fui catequista, ou ainda sou não sei bem, mas acredito que o "ser catequista "não termina jamais em nossa vida de cristão, principalmente quando temos um grande amor a Deus. No entanto, afastei-me das atividades de catequista por alguns motivos que se somados fizeram um turbilhão em minha mente, ao observar o comportamento daqueles com os quais convivi.
O que falta é o verdadeiro amor, mas devo dizer que é aquele amor com as coisas de Deus, as pessoas são vaidosas, muito vaidosas. Querem acontecimentos que as deixem em evidência, trabalham com jovens e com crianças para que elas brilhem e não deixam espaço para que as pessoas realmente percebam a presença de Deus na imagem de Jesus e no ardor do Espírito Santo.
Trabalhamos a unidade dentro de nossa Igreja. Por isso, devemos ser os primeiros a buscar essa união. No entanto, o que vejo e vi, e o que vivi, foi o inverso de tudo isso. E olha, vou lhe dizer, não foi num espaço curto de tempo não, foram por 15 longos anos. E hoje, infelizmente, o que consigo dizer é que na vivência em comunidade consegui perder um pouco de algo que cultivava na vida que é ter consideração pelas pessoas. Do fundo de minha alma, digo que tudo o que esperava encontrar numa comunidade que prega o amor de Deus, com pessoas que se postam na frente do altar, muitas querendo tomar até mesmo o lugar do sacerdote, é isso! A extrema vaidade.
Sei que isso não se aplica a todas as comunidades, nem paróquias, mas esta é a minha experiência. Nos meus encontros com os jovens, eu não tinha pressa do tempo passar, pois queria transmitir a mensagem de Jesus da forma mais bonita, mais bem preparada. Durante toda a semana ia juntando tudo o que achava interessante para poder utilizar nos encontros que eram previamente preparados. Eu já saia de um encontro preparando o outro. Durante minhas atividades diárias, ia preparando o encontro na mente para depois colocar no papel e enfim, poder usar com jovens de uma forma compreensiva, não exaustiva, mas deixando sempre bem claro para eles a presença de Deus. Não iniciava um encontro sem antes chegar ao altar e oferecê-lo a Deus, para que Ele fizesse de mim seu instrumento. Entregava em suas mãos, cada encontro, cada jovem, cada catequista.
Um belo dia sou informada de que os encontros não poderiam passar de 40 minutos. Deveria fazê-lo às pressas para terminá-lo mais cedo. Olha, pode ser que outros consigam, mas eu não conseguiria trabalhar a palavra de Deus para uma turma de quase 30 jovens em 40 minutos, como se fosse uma sala de aula, onde o professor chega, passa a matéria, e vai embora.
Na minha concepção não posso trabalhar Deus na vida dos jovens com tanta pressa? É preciso ouví-lo e fazê-los ouvir. E percebi então que para os demais o importante era cumprir o horário. Não havia compromisso com a Palavra. Afastei-me do grupo. “Se é para ser assim, tô fora”. Sai alegando problemas pessoais que precisavam da minha máxima atenção. Ainda não fui procurada. E então eu completo seu texto dizendo: O QUE FALTA É O AMOR COMPROMISSADO COM A PALAVRA DE DEUS.
Me desculpe ter sido tão longa, mas eu precisava disso.
