sábado, 24 de setembro de 2011

Oração do dia

Pai, dá-me a graça de considerar a paixão de Jesus a partir de teu modo de pensar. Só então compreenderei que se tratou da prova máxima de fidelidade a ti.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Viver tem que ser perturbador. Quem evangeliza precisa incomodar!

"É muito melhor ousar coisas
difíceis, conquistar triunfos
grandiosos, embora ameaçados
de fracasso, do que se alinhar
com espíritos medíocres que
nem desfrutam muito nem sofrem
muito, porque vivem em uma
penumbra cinzenta, onde não
conhecem vitória nem derrota."
(Theodore Roosevelt)
"E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Do escritor português Miguel de Sousa Tavares

Catequistas precisam rezar

"Feche os olhos e reze. Parece óbvio isso. Mas muitos catequistas não rezam. Esquecem-se de colocar nas mãos de Deus a missão que lhes foi confiada. Diariamente, reze com ardor, compromisso, fé e simplicidade. Reze ao ir para o trabalho. Reze no carro. Reze ao acordar. Reze no metrô, no ônibus, onde você estiver. Reze, peça forças, agradeça por tudo e coloque nas mãos de Deus suas dúvidas, angústias e tristezas. Agradeça a Ele por seus êxitos. Peça força para continuar. Peça coragem para prosseguir. Reze para que não seja qualquer “coisinha” que faça que você desanime. Peça, acima de tudo, para que Deus te mantenha firme no compromisso de evangelizar. Um catequista não se mantém catequista apenas com cursos, retiros, conteúdos, doutrinas, métodos, técnicas e empolgação. Tudo isso é apêndice diante da necessidade constante de oração que devemos ter. Um catequista que não ora, dificulta sua missão. É na oração, no  “entregar-se” que ficamos possuídos de uma força superior, que nos faz ir adiante. Talvez os problemas, as situações complicadas e difíceis, não acabem de uma hora para outra. Mas, na oração, encontramos esperança para entender os desígnios de Deus e crescer através do sofrimento sermos lúcidos e serenos diante dos momentos de provação.
            A missão de um catequista passa, obrigatoriamente, pela oração, diária, persistente, veemente e humilde. E nela  é que crescemos. É nela que nos colocamos diante do Pai. É nela que admitimos nossas fraquezas. É nela, somente nela, que nos fortalecemos da glória e do poder do Pai que está no céu. A oração é combustível que faz a engrenagem da nossa missão de cristãos, continuar funcionando, mesmo nos contratempos.
            Um catequista não pode esquecer de rezar, pois se faltar oração, estará faltando a essência do seu trabalho.
Agora, nesse exato momento, feche os olhos e reze. Peça a Deus por você, pela sua família, por seus amigos, pelos seus catequizandos, pelos sacerdotes, pelos outros catequistas. Apenas reze. Um minuto, quem sabe. Mas reze. É a oração que transforma e que impulsiona, e que nos fazer continuar. Sem ela, o caminho da desistência, é muito próximo."( Alberto Meneguzzi)
           


 Não se considere sábio ao realizar o seu trabalho e não se glorie no tempo da necessidade. É melhor uma pessoa que trabalha e tem tudo em abundância do que alguém que se gloria e tem falta de alimento. Meu filho, conserve sua honra com modéstia, e saiba apreciar o justo valor que você tem. Quem dará razão aquele que prejudica a si mesmo? Quem dará razão aquele que menospreza a sí próprio?" Eclesiástico, 10 -26,30
“Por isso, eu, prisioneiro do Senhor, peço que vocês se comportem de modo digno da vocação que receberam. Sejam humildes, amáveis, pacientes e suportem-se uns aos outros no amor. Mantenham entre vocês laços de paz, para conservar a unidade do espírito.”( Efésios – 4, 1-3).

Perguntas e respostas

Muitas vezes, damos respostas sem ouvir as perguntas. Vamos ensinando o que achamos necessário sem ouvir o que está no coração do interlocutor. Evangelização e catequese são estradas de mão dupla, num diálogo permanente e indispensável, tanto para criar laços como para indicar os procedimentos pedagógicos mais adequados. Não dá para educar com profundidade pessoas que a gente não se interessa em conhecer” ( Texto-base do ano Catequético – nº 30)

Com Tua Mão, ó Meu Senhor
segura a minha...
Pois não me atrevo
a um passo só,sem Teu amparo, sem Teu apoio...
Eu não darei!!!
Eu só iria fraquejar,eu andaria a vacilar,
sem Tua Mão a me sustentar.
Mas se Tua Mão me segurar,
eu correrei até ... voar...
subirei apoiado em Ti !!!

Se compreendesses o Dom de Deus (Adriana)

Se compreendesses o Dom de Deus,
Se compreendesses o amor que Deus tem por ti
Se descobrisses o que Ele quer te presentear
Se compreendesses como te amo,
Se compreendesses como te amo
Deixarias de viver sem amor
Se compreendesses como te amo
Se compreendesses como te amo
Deixarias de mendigar qualquer amor
Se compreendesses como te amo, como te amo
Serias mais feliz
Se compreendesses como te busco
Se compreendesses como te busco
Deixarias minha voz te alcançar
Se compreendesses como te busco
Se compreendesses como te busco
Deixarias que te falasse ao coração
Se compreendesses como te busco, como te busco
Escutarias mais minha voz
Se compreendesses como te sonho
Me perguntarias o que espero de ti
Se compreendesses como te sonho
Buscarias o que tenho pensado para ti
Se compreendesses como te sonho, como te sonho
Pensarias mais em mim

Clique aqui para ouvir - http://mais.uol.com.br/view/190736

A menina de Franca

Catequese: ser feliz ou ter razão?
No final do encontro com catequistas na cidade de Franca,interior de São Paulo, em 2008, uma menina, de aproximadamente dez anos, veio correndo até mim e me deu um caloroso abraço. Mas não foi qualquer abraço. Foi um abraço e tanto. Ela estava no encontro junto com a mãe, uma catequista que participava daquele momento que foi muito especial e eu tive a honra de participar.  Mais tarde, quando já íamos embora, visualizei a menina novamente. Fiz um sinal para ela de que eu queria um outro abraço. Ela estava tomando um café e comendo um pedaço de bolo. Largou  tudo,  veio correndo até mim e se jogou nos meus braços. Dei um beijo no rosto dela e recebi também um beijo como resposta. Ela me olhou, e disse-me "Eu jamais vou esquecer de ti".
Isso é felicidade! Isso é ser feliz.
Ás vezes sou muito intransigente nas minhas concepções sobre catequese. Quero as coisas certas, muito certas. Esta minha veemência, por vezes, me torna um chato. Nem tudo sai como a gente planeja e em muitas ocasiões, nem planejamento dá para fazer. Mesmo assim, insisto, bronqueio, me estresso e com isso, até um desânimo se apossa de mim. Quando paro e analiso minhas atitudes, logo descubro: eu sempre quero ter razão.Podemos, como catequistas, coordenadores e lideranças pastorais, buscar a felicidade ou querer ter razão. Ser feliz ou ter razão? É esta a pergunta que tenho feito para mim mesmo nos últimos dias
Buscar ser feliz naquilo que fazemos no trabalho  comunitário  não significa que devamos abrir mão de organização e planejamento e muito menos de nossas convicções para uma catequese ainda melhor. Não se trata disso. Ser feliz é levar as coisas menos a ferro e fogo, é diminuir um pouco a intransigência e aprender a dialogar mais com os diferentes. Isso é ser feliz. Ter razão é bom, mas na medida certa, sem prepotência e individualismo. A humildade é fundamental quando queremos ter razão nas coisas.
Confesso que em muitas ocasiões, me falta esta humildade em reconhecer que nem tudo tem o meu tempo. Preciso ter calma.Na catequese, em muitas situações eu quero ter razão. Por isso discuto, digo as coisas sem rodeio, brigo pela catequese, insisto em coisas diferentes. Acho que estas idéias que eu concebi ao longo de 25 anos como catequista sustentam minhas teorias a respeito dos assuntos que trato. Quero ter razão. Ao mesmo tempo, nem tudo o que o penso, luto, batalho e quero para a catequese, acontece. É normal. Não será de uma hora para outra. Mas posso continuar batalhando para plantar esta semente agora esperando colher mais tarde. Posso ser menos intransigente, conviver com o diferente, suportar mais as coisas, não ser tão ansioso e inflexível e cuidar um pouco com as coisas que eu falo e com a maneira com que digo. Isso é ser feliz!
Preciso ser mais feliz quando o assunto é catequese. Estou sempre acelerado, querendo mudanças urgentes, desafiando tradições enraizadas. Acho que serei sempre assim, é do meu caráter. Talvez, o que precise acontecer, é mudar o tom, a fórmula, a maneira, a estratégia e a tática de luta.  Isso não significa fraqueza.
Preciso ser mais feliz na catequese. O abraço da menina de Franca, no final de encontro de catequistas no qual participei no dia 31 de agosto de 2008, me tocou profundamente. Foi um abraço sincero, livre, espontâneo e cheio de felicidade. É como se ela me dissesse "Eu gostei de você e sou mais feliz por sua causa. Então, seja mais feliz também".
Entre ser feliz e ter razão, eu quero ser mais feliz.
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Leia outros textos de Alberto Meneguzzi
(Mensagem e doutrina) - http://mais.uol.com.br/view/141949
 (Também preciso de carinho) - http://mais.uol.com.br/view/142026
(Queria que você fosse meu catequista) - http://mais.uol.com.br/view/142025
(Professor ou catequista?)- http://mais.uol.com.br/view/142022

"Só peço a você um favor, se puder,
não me esqueça num canto qualquer"

O palhaço e o mendigo


O palhaço e o mendigo

O palhaço entrou na igreja gritando, para estarrecimento geral de quem estava naquela missa. Gritava, cantava, pulava, abraçava as pessoas e beijava outros no rosto. Ninguém entendia o que estava acontecendo. O palhaço continuava gritando, pedindo a atenção de todos.  É lógico que uma cena destas numa missa de páscoa na hora destinada a homilia,  gerava um certo desconforto. Que palhaçada era aquela, quem teve esta idéia de colocar um palhaço fazendo duas estripulias numa celebração de páscoa?
            Mas ele não se intimidou e correu  faceiro (como diz o gaúcho) em direção ao altar.
            - Boa noite pessoal – e como não ouviu um boa noite forte, e cheio de vontade, o palhaço insistiu – B.O.A  N.O.I.T.E  P.E.S.S.O.A.L.!!!!!
            E aí sim a resposta foi um sonoro “BOA NOITE”,  dos fiéis que lotavam a igreja naquele dia.
             - Vim aqui desejar uma feliz páscoa para todos e perguntar, se vocês sabem que Jesus ressuscitou e está aqui, nesta Igreja, bem pertinho de cada um de nós? Vocês sabiam disso?
            O silêncio tomou conta do local. As pessoas não sabiam ao certo o que dizer e por isso silenciaram.
             - Muitas vezes estamos tão preocupados em rezar, louvar a Deus, em chegar logo na missa, que esquecemos de observar o mundo ao nosso redor. Procuramos Jesus longe e não nos damos conta de onde ele verdadeiramente possa estar. Por isso, vim aqui, para lhes trazer Jesus. Vocês não o viram?
            O silêncio foi ainda maior. Criou-se um clima de expectatival. O que aquele palhaço estava querendo dizer ou mostrar?
            Ele não falou mais nada e saiu correndo pelo corredor central da Igreja até a porta de entrada. Abriu. Era escuro, pois a missa acontecia às 18h30min, e já era por volta das sete da noite. Quando a porta abriu, lá estava Jesus, vestido de mendigo, maltrapilho e sujo. O palhaço deu um abraço nele, pegou-o pelo braço e foi lentamente em direção ao altar enquanto o coral, formado por jovens do grupo da época, iniciou um canto que dizia assim:

Seu nome é Jesus Cristo e passa fome, e clama pela boca dos famintos, e a gente quando vê passa adiante, às vezes para chegar depressa a Igreja. Entre nós está, e não o conhecemos, entre nós está e nós o desprezamos. Entre nós está, e não o conhecemos, entre nós está, e nós o desprezamos.”

             Foi um dos momentos mais emocionantes que eu vivi na minha vida de Igreja. Um jovem, vestido de palhaço e outro, de Jesus Cristo, caminhando lentamente pelo corredor de uma paróquia  de centro, formada basicamente por pessoas de classe média e alta. O silêncio  que tomou conta da igreja era algo que eu nunca tinha visto igual. Nem a respiração das pessoas a gente ouvia. Na medida em que o palhaço e o mendigo se aproximavam do altar, as pessoas iam reconhecendo o Jesus Cristo que ali estava sendo apresentado.
            -Reconhecem Ele, o Jesus ,que hoje ressuscitou e está entre nós? Perguntou o palhaço, de microfone em punho.
            Ninguém respondeu e o silêncio permaneceu. Nem um ruído sequer!
            E o palhaço voltou a perguntar, agora num tom mais severo:
            -Reconhecem este homem, que deu sua vida por nós e que estava ali na porta da Igreja, como um mendigo e maltrapilho, esperando a atenção de cada um de vocês? E que vocês fizeram quando entraram? Não o viram ali?
            Enquanto isso, a turma do Grupo de Jovens voltou a cantar:

            -“Entre nós está e não o conhecemos, entre nós está e nós o desprezamos.
               Entre nós está, e não o conhecemos, entre nós está e nós o desprezamos”.

            O palhaço desceu as escadarias lentamente de mãos dadas com Jesus, e saiu  em direção a porta pelo corredor central. E aí, o que era um imenso silêncio virou uma choradeira só.
            Quando eu, no auge do meu fervilhar de idéias da adolescência, pensei esta encenação, imaginei fazer a diferença, tocando corações, mas principalmente, dando um tapa de luvas em muita gente fazendo-os refletir sobre suas posturas em datas especiais como esta.  Por isso idealizei um mendigo, ali, deitado, na porta da Igreja, uma hora antes da missa. Convidei um jovem do grupo para esta missão. Ele aceitou e por volta das 17h30min, quando a Igreja estava aberta (a missa era às 18h30min), se deitou ali, em cima de panos rasgados e sujos. Ficou parecendo que estava dormindo.
            Na minha imaginação aconteceria o que realmente aconteceu, ou seja, as pessoas passariam pelo mendigo na porta da Igreja e não fariam nada, absolutamente nada, nem uma esmola, nem uma abordagem e muito menos teriam a preocupação de saber como estaria aquele indivíduo.
Mas e o palhaço, o que tem a ver com isso?
O palhaço representa a pureza, a sinceridade, a alegria, a coragem de enfrentar e empolgar uma platéia, a vontade de fazer bem aos outros e de levar sorrisos a quem está triste. Um palhaço não significa tudo isso?  
            O palhaço era o diferente naquela encenação. Tinha que causar impacto. Um palhaço numa igreja, brincando e gritando, trazendo um mendigo pelas mãos, causaria um enorme frisson. Foi isso que imaginei. Queria impacto mesmo, reflexão, arrependimento e até um sentimento de vergonha.  Eram quase 500 pessoas naquela missa e nenhuma se dignou a fazer alguma coisa pelo mendigo, que estava ali na porta, por  onde passaram para ir numa missa especial de páscoa.
            Foi demais. Objetivo alcançado. O povo não tinha reconhecido Jesus. Depois chorou de emoção, mas tinha também, um pouco de vergonha naquelas lágrimas por não o terem reconhecido.  
Jesus anda tão perto da gente em coisas simples do dia-a-dia em coisas que as vezes, por pressa, nem observamos.
            Precisamos um pouco mais do espírito do palhaço, da coragem de querer alegrar e mudar sentimentos de tristeza e desânimo, trocando-os por sentimentos de alegria e encorajamento.
Esta é minha missão como catequista, é a sua como evangelizador.
Seja um palhaço e tenha a coragem de mostrar Jesus para as pessoas, mesmo que na pressa elas o rejeitem e insistem em não vê-lo.


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

"Aquele que põe a mão no arado e olha para trás, não é apto para o Reino de Deus."

Saudades de minha mãe

Dia 1º de outubro:  Quatro anos da morte da minha mãe. Dia de Santa Terezinha. O nome dela? Therezinha, assim, com "TH" mesmo. Um dia de tristeza para mim, mas ao mesmo tempo, de reavaliação de minha tragetória de vida. O maior orgulho da minha mãe em relação a mim? Era o fato de um ser catequista. Nada superava o fato de eu ser um catequista atuante na minha comunidade. Saudades da minha mãe. Saudades do que vivemos. Saudades do seu seu sorriso. Saudades das suas piadas. Saudades do seu abraço. Saudades, saudades, saudades, imensa saudade!

Getsêmani

Getsêmani

"Fazia tempo que meu coração não se angustiava com tamanha força. Fazia tempo que eu não me sentia tão para baixo. Fazia tempo que  eu não andava tão desanimado. Hoje me peguei assim: não sorri, fiquei mais calado, pouco animei os outros. Meu coração se angustiou. Nem mesmo pensar na catequese transformou o meu rosto que esteve fechado e sem brilho. Senti-me só, vazio de tudo, de amigos, de família, de sentimentos, de perspectivas, de ânimo, completamente vazio. Deserto total. O que fiz foi rezar, mesmo sem forças, pedi ao Pai forças para rezar. Pedi, de forma ardorosa, que Deus tirasse  de mim estes sentimentos desconfortáveis. Pedi forças para continuar agindo em prol do seu projeto. Pedi forças para voltar a sorrir e com isso, ser motivo para que outros também pudessem sorrir. Pedi forças para continuar acreditando na minha missão como catequista, para que outros também possam acreditar. Pedi forças para que meu coração se aquietasse e que eu pudesse enxergar neste momento, a certeza de dias melhores.

Foi um dia de completo deserto, de uma agonia tremenda, de um isolamento terrível e de uma solidão assustadora. Senti-me frágil, cansado, desiludido, triste, sem ânimo algum. E foi nesta hora que me lembrei de Jesus no Monte das Oliveiras. Lembrei-me do curso de teologia que fiz recentemente. Numa das aulas, o professor destacou a seguinte passagem que fechou com os meus sentimentos. Fui até o evangelho de Lucas (22, 39-46) e reli tentando encontrar nele  um consolo. Decidi reescrever a passagem bíblica. “Jesus saiu e como de costume, foi para o monte das Oliveiras. Os discípulos o acompanharam. Chegando ao lugar, Jesus disse para eles: “Rezem para não caírem em tentação”. Então se afastou uns trinta metros e então começou a rezar.” Diz a bíblia que neste momento Jesus foi tomado de angústia e com isso, rezava com mais insistência. No evangelho, Lucas relata ainda: “Seu suor se tornou como gotas de sangue, que caíam no chão. Levantando-se da oração, foi para junto dos discípulos e os encontrou dormindo, vencidos pela tristeza. E perguntou-lhes: ‘Por que vocês estão dormindo? Levantem e rezem, para não caírem em tentação’.”

Pelo que sei, este foi o momento de grande agonia de Jesus,  no Getsêmani, lugar conhecido também como a gruta da traição. Foi ali que Judas o entregou aos soldados. Foi ali, naquele instante, o momento da total consciência do que ia acontecer. Foi por isso que Jesus disse: “Afasta de mim este cálice, mas seja feita a tua vontade”, ou seja, certeza de qual era sua missão, mas também, um instante de agonia, abandono, solidão, fraqueza, em que a oração foi ainda forte e decisiva para enfrentar um momento delicado na sua caminhada. Jesus, neste momento, teve plena consciência de que morreria e do que o seu sofrimento significaria para a humanidade. Ainda, naquele instante, esteve presente também a traição daquele que Jesus confiou para ser um dos doze. Depois, Jesus ainda teve que assistir a deplorável cena dos apóstolos, seus seguidores, dormindo numa hora tão importante como aquela.

Getsêmani. Senti-me assim hoje. Agonia total. Total abandono e solidão. Tenho certeza de que muitos dos que lêem este texto também se sentem assim, às vezes, dispostos a largar tudo, tentados a desistir, sentindo-se fracos e descrentes em suas próprias forças.

Hoje, senti-me assim. 

E o Pai, que nunca nos abandona, me mandou um recado direto através do e-mail de uma “catequista anjo”, que mesmo a milhares de quilômetros de distância de mim, pressentiu  a minha tristeza e me enviou a seguinte frase “A melhor coisa que a gente faz para suportar essa pressão enorme encima da gente é fazer aquilo que Jesus fez, prostrar-se ao chão, chorar um pouco (não somos de ferro), rezar e encontrar, através da oração, forças em Deus para continuar a caminhada. A catequese precisa da gente!”

Getsêmani! Que sejamos humildes para reconhecer nossas fraquezas, mas que sejamos divinos para entender que o nosso sofrimento é nada perto do que Jesus passou. A cruz é o desafio. Não dá pra desistir quando entendemos a cruz."

Oração do dia


Pai, só tu podes revelar-me a identidade de teu Filho Jesus. Que eu a conheça de forma verdadeira para poder conformar com ela a minha vida.

Evangelho do dia 23 de setembro

Certa vez Jesus estava sozinho, orando, e os discípulos chegaram perto dele. Então ele perguntou:
- Quem o povo diz que eu sou?
Eles responderam:
- Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é um dos profetas antigos que ressuscitou.
- E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus.
Pedro respondeu:
- O Messias que Deus enviou.
Então Jesus proibiu os discípulos de contarem isso a qualquer pessoa. E continuou:
- O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Será morto e, no terceiro dia, será ressuscitado.

O bem

Fazer sempre o bem, a todos o bem. O mal nunca e a ninguém              

Máscaras


"Forte, alegre, disposta, disponível para todo e qualquer tipo de atividade na Igreja, ela sempre foi vista como uma rocha pelos demais catequistas. Casamento aparentemente perfeito, família criada, filhos bem encaminhados, boas condições financeiras. Aparentemente, tudo na vida dela andava às mil maravilhas. Servia de espelho, de exemplo para outras pessoas. Por isso, foi surpresa quando depois de mais em encontro de catequistas da sua paróquia, ela tenha desabado daquela forma. Chorou copiosamente da frente de todos. Pediu apoio. Pediu que lhe ouvissem. Pediu apenas um pouco da atenção. Foi um grito de socorro. Abriu o jogo. Enfrentava problemas pessoais. Não quis relatar quais, apenas desabou em lágrimas. O restante da turma parecia não acreditar no que  via. Ela sempre havia transmitido muita segurança. Parecia uma fortaleza. Jamais alguém tinha visto ela chorar desta forma. O que poderia ter acontecido?
           
Esta cena aconteceu numa comunidade do estado de São Paulo. Ela, a quem me refiro, é uma grande amiga virtual. Uma pessoa especial, cheia de vida, corajosa, que pensa a catequese de forma diferente. É uma liderança respeitada na sua comunidade, arregaça as mangas e parte sempre para a luta. Por isso  ficou a imagem desta pessoa perfeita, sem problemas, feliz, sem dúvidas, forte. Quando uma pessoa assim desaba, a surpresa é grande para quem vive próximo.

Cai a máscara.
            
Usamos máscaras. Também uso, as vezes, não pense que não. Isso é ruim.  Na maoria das vezes, nem percebemos que estamos com elas. Quando nos despimos de pudores e armações e exauridos não agüentamos mais o repuxo, alguém trata de nos mascarar Sim, quando estamos “nús”, livres de nossos medos e inseguranças, prontos para mostrarmos quem realmente somos, aparece alguém que nos recoloca a vestimenta. Fracos, acostumados com este tipo de situação, vamos aceitando. Aceitamos uma, duas, três vezes e por aí vai. Mascaramos sentimentos, fragilidades, medos, lágrimas, somente  para agradar os outros.  E pelos outros continuamos mascarados, guardando a vontade de gritar que precisamos de ajuda e que não estamos tão fortes e felizes quando parecemos estar.

            É assim, tem sido assim. Vejo muito isso. Ouço muito isso de muita gente: “ eu não agüento mais não ser eu mesma. Estou no meu limite”. É o que me dizem ou deixam transparecer nas entrelinhas muitos dos catequistas com os quais mantenho contato pela internet. Não apenas eles, mas as pessoas com os quais me relaciono por aqui, também demonstram se utilizarem das máscaras. Usamos máscaras no casamento. Máscaras nas relações com os amigos e colegas de trabalho. Máscaras com as pessoas que estão no mesmo projeto que a gente no trabalho de Igreja. Máscaras com os filhos. Máscaras, máscaras, máscaras, a todo instante, conforme a conveniência e  a oportunidade. Tudo por causa dos outros, para que nos vejam bem, felizes, sorridentes, fortes, animados  e, com isso, nos acolham e aceitem. E  de certa forma, isso nos conforta. É melhor que os outros  não nos vejam como realmente somos. Por isso, máscaras!
           
Mas um dia,  elas caem e este momento machuca, é dolorido, pesado. A máscara vai nos consumindo lentamente, criando em nós um ser que não somos e um dia chegamos ao  nosso limite. Ninguém em sã consciência consegue, durante uma vida inteira, viver assim, " fazendo de conta" para ser aceito, reconhecido, bajulado. Um dia, chegamos ao limite. O mundo desaba
 Esta vida  é dura e difícil, e por isso mesmo, não precisaria de tantas máscaras.
Precisamos reaprender a ser nós mesmos, e não apenas o que os outros querem que sejamos. Não é preciso perfeição, mas sim, que sejamos puros, vazios de nós mesmos, verdadeiros nos sentimentos, transparentes e interessados no enfrentamento de nossos próprios dilemas. Os outros, se nos amam verdadeiramente, serão os responsáveis por derrumar nossas máscaras e nos ajudar a viver de cara limpa. Ficar criando tipo, não constrói e nem edifica.                          

 Não existe nada que possa mascarar a nossa relação com o Pai. Ele nos conhece de forma absurda. E se com Ele, a nossa  relação é de absoluta cumplicidade e verdade, porque não pode ser  assim também  com os outros?" ( Alberto Meneguzzi, 17 de agosto, 18h51min)

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 * TextoS elaborados pelo Diácono Eleandro Teles Formado em Filosofia (UCS) e Acadêmico de Teologia (PUCRS)


DICAS PARA FORMAÇÃO DE GRUPO DE JOVENS

DICAS PARA FORMAÇÃO DE GRUPO DE JOVENSClique aqui para ler - http://mais.uol.com.br/view/307876

Recados de leitores

" Alberto, não se pode servir a Deus e ao dinheiro. Conheço muitos que trabalham pela igreja, inclusive na catequese, mas que idolatram as coisas materiais, o dinheiro, o carro, o rancho, as mordomias e fazem do trabalho de evangelização apenas um apêndice para suas próprias frustrações. São muitos cristãos assim. A Campanha da Fraternidade deste ano é, em primeiro lugar, um recado direto a nós próprios, divulgadores e promotores do projeto de Deus..... " Dóris, de Ribeirão Preto-SP ( Ps: Concordo plenamente. Conheço gente assim, tb, Dóris)

Tua palavra

É COMO A CHUVA QUE LAVA
É COMO O FOGO QUE ABRASA
TUA PALAVRA É ASSIM
NÃO PASSA POR MIM
SEM DEIXAR UM SINAL!

Eu preciso de ti, anjo!


 
Eu preciso de ti, anjo!

Sei exatamente o que você passa quando não lhe acolhem, não lhe instruem e muito menos quando nem lhe dão bola. Sei como você fica quando convida todo mundo para uma reunião, ou um encontro de formação, retiro, celebração e poucos aparecem. Já te vi triste e já te vi até chorando por causa disso. De fato, você aceitou uma missão desafiadora. Ser catequista não é uma tarefa fácil, ainda mais, num mundo onde as pessoas não querem compromissos e se afastam das responsabilidades. Sei que você teria muitas outras coisas para fazer, atividades com a família, trabalho, vida social, filhos, marido, ou, outras situações. Mas, mesmo assim, você aceitou o desafio de encaminhar outras pessoas para um projeto diferente. Sua tarefa também é motivar, mas já te vi muitas vezes desmotivada. Compreendo isso. Nem sempre os outros entendem tuas limitações. Fazem julgamentos a seu respeito, apressados até, por causa desse seu jeito irrequieto. Mas, se eu pudesse estar mais perto, sentaria na sua frente, te olharia nos olhos, e te daria um abraço. Sabe aqueles abraços que os amigos se dão nuns nos outros nos momentos de deserto ou de extrema euforia? Este mesmo! Você anda precisando de um abraço. Queria ficar um bom tempo te abraçando, afagando, confortando o seu cansaço, enxugando as suas lágrimas e dividindo os seus êxitos. Queria ser seu confidente, mas nem sempre você lembra que eu existo. Sinto que você tem muitas coisas para me dizer, mas tem guardado tantas coisas só para si. Quem sabe você se abre mais com alguém que você confia. É bom se abrir, contar as coisas, dizer o que você sente e se fazer ouvir. Todos nós temos nossos momentos de fraqueza. Eu mesmo tive os meus, e muitos.

Quando vejo você em ação, na catequese, dou risadas interiores. No fundo, você se parece muito comigo. Quer as coisas certas, luta para que os outros se empenhem, busca tocar corações e motivar pessoas, tenta organizar tudo certinho, mas nem sempre as coisas funcionam como você gostaria que funcionassem.
...
Meu anjo! O problema é que o nosso tempo não é o mesmo tempo que o Pai que está no céu imagina para cada um de nós. Por isso, nos apressamos, queremos as coisas para ontem e com isso, atropelamos.

Quero dizer que estamos juntos nesta missão. Você é fundamental para o trabalho da catequese de ela é essencial para a Igreja. Não te importes com os incomodados, com aqueles que te julgam sem ao mesmo oferecer um ombro amigo, ou uma ajuda concreta. Não te abales com os que falam de ti pelos corredores, sem a coragem necessária para te olhar nos olhos. Não chores com os que te apunhalam pelas costas quando deveriam caminhar ao teu lado e não esmoreça diante das piores provações que esta missão te impõe. Não te humilhes para pais de crianças e jovens desinteressados pelo que você tem para oferecer como catequista. Agradeça, simplesmente agradeça, em qualquer situação. Reze por eles.Ajoelhe e ore nos momentos de tribulação e faça a mesma coisa quando tudo estiver dando certo. Peça ajuda, tenha humildade para recomeçar e remontar projetos, mudar rumos, reconhecer erros, pedir desculpas. Sem isso, meu anjo, as coisas não funcionam.

Embora não esteja ao teu lado fisicamente, torço por ti, pois és importante para mim e me emociono em ver o teu esforço. É lindo saber que existem pessoas como você.

É lindo observar a tua emoção, mesmo nas coisas mais simples. Isso me conforta e me anima. E por isso, tão somente por isso, que te mando esta mensagem, para que através de ti, e do teu esforço e da tua paixão pela sua missão, outros tantos sejam tocados e sigam firmes no caminho.

Tenha calma, aquieta o teu espírito. Em breve estaremos juntos. Darei-te meu abraço e meu afago, de forma carinhosa, como quem é grato.

Você é um anjo para muitas pessoas, inclusive para mim.Eu, daqui onde estou, zelo por ti.

Obrigado por acreditar na catequese. Obrigado por ser catequista.

Assinado: Jesus Cristo

Oração do dia

Pai, diversamente dos inimigos de Jesus, quero conhecer a identidade e a missão de teu Filho, pois é por ele que me guiarei para ser fiel a ti.

Herodes procurava ver Jesus - Evangelho do dia 22 de setembro

Herodes, o governador da Galiléia, ouviu falar de tudo o que estava acontecendo e ficou sem saber o que pensar. Pois alguns diziam que João Batista tinha sido ressuscitado, outros diziam que Elias tinha aparecido, e outros ainda que um dos antigos profetas havia ressuscitado. Mas Herodes disse:
- Eu mesmo mandei cortar a cabeça de João. Quem será então esse homem de quem ouço falar essas coisas?
E Herodes procurava ver Jesus.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Crônica na Rádio Mãe de Deus FM

Todas as terças, ouça a minha crônica na Rádio Mãe De Deus FM 107,9 de Caxias do SulTodas as terças, às 6h55min. Fiquei muito honrado com o convite e faço questão de deixar a minha contribuição para evangelizar e espalhar pelo ar uma mensagem diferente!

O sofrimento

Achei que fosse fácil.
Fácil não é!
Difícil até.
A vida é esta conjunção diária de desafios.
Alguns, mais acessíveis.
Outros, terríveis de enfrentar.
É preciso coragem para viver cada dia.
É preciso força, ânimo e oração.
Muita gente desiste. Desiste de viver. Desiste de aprender. Desiste de seguir caminhando.
Faltam forças. Sobra medo.
Eu achei que fosse fácil. Fácil não é.
Mais difícil do que eu esperava que fosse.
Mas é assim que é. Uma batalha diária.
Só vence quem experimenta o sofrer.
Sofrendo, a gente cresce.
E crescendo, através do sofrimento, é possível entender os desígnios de Deus.
Achei que fosse fácil, mas não é.
Mas com Deus, tudo se torna possível.( Alberto Meneguzzi)


SANTO ANTÔNIO: Rogái por nós, catequistas, evangelizadores, missionários e discípulos. Nos mantenha firmes na fé e nos dê coragem para continuar na caminhada! Amém.

Eu desprezo as coisas mornas

"Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um filme mais ou menos, um livro mais ou menos. Tudo perda de tempo. Viver tem que ser perturbador. O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia.”
Li isso em algum lugar e não sei nem o autor, mas desde então, eventualmente publico meu blog e na minha página de facebook e utilizo nas palestras que sou convidado a dar.  Hoje, voltou-me este texto. Ele se enquadra perfeitamente ao meu estilo de vida. Eu também sempre desprezei as coisas mornas. Sempre tentei, em tudo, fazer as coisas diferentes. Minhas paixões, por exemplo, desde a adolescência, sempre foram muito intensas, meus amores sempre foram muito amados. No que se refere aos sentimentos, sempre me joguei de corpo e alma. Não foi e nem é diferente na minha relação com os amigos. Amigos, para mim, são amigos mesmo e por eles me dedico de corpo e alma. Claro, ser assim, intenso e verdadeiro, causa problemas em algumas situações. Azar. Prefiro ser assim a ser morno, fazendo tudo de maneira mais ou menos, sem experimentar o sabor de fazer melhor ou o dissabor de descobrir que algo não deu certo e que é preciso refazer o rumo.
Também sou assim, e sempre fui, na minha caminhada de Igreja. Sou um privilegiado em ter descoberto tantos caminhos diferentes no projeto de Deus. Sou um privilegiado em ser catequista. E como sempre encarei minha missão como algo sério, também procuro fazer da evangelização algo sempre muito intenso e profundo e não  a mesmice irritante que não toca, que não muda e que não indica caminhos diferentes.
Sou assim, sempre fui e já paguei  o preço desse meu jeito. Mas não me importo. O que posso ter feito de errado, corrigi, porque junto com esta minha intensidade, também apreendi a ser humilde e a pedir desculpas  e perdão quanto preciso for. “O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia.”
Viver tem que ser pertubador. Um catequista precisa incomodar.
Um evangelizador precisa passar a mensagem de tal forma que toque corações, ou no mínimo, cause no receptor algum efeito ( Alberto Meneguzzi)


Recado

Não dá para evangelizar  com profundidade pessoas que a gente não se interessa em conhecer

Evangelho do dia 21 de setembro - Quarta-feira

Jesus saiu dali e, no caminho, viu um cobrador de impostos, chamado Mateus, sentado no lugar onde os impostos eram pagos. Jesus lhe disse:
- Venha comigo.
Mateus se levantou e foi com ele. Mais tarde, enquanto Jesus estava jantando na casa de Mateus, muitos cobradores de impostos e outras pessoas de má fama chegaram e sentaram-se à mesa com Jesus e os seus discípulos. Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos:
- Por que é que o mestre de vocês come com os cobradores de impostos e com outras pessoas de má fama?
Jesus ouviu a pergunta e respondeu:
- Os que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Vão e procurem entender o que quer dizer este trecho das Escrituras Sagradas: "Eu quero que as pessoas sejam bondosas e não que me ofereçam sacrifícios de animais." Porque eu vim para chamar os pecadores e não os bons.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

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Feriado de 20 de setembro: amo o meu estado do Rio Grande do Sul

Letra do Hino Riograndense

Como aurora precursora
Do farol da divindade
Foi o 20 de Setembro
O precursor da liberdade
Mostremos valor constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
De modelo a toda Terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo
Mostremos valor constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
De modelo a toda Terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra

Oração do dia


Pai, que minha condição de membro da grande família do Reino se expresse no meu modo de proceder. Pela disposição a amar, quero dar provas de ser teu filho.

Evangelho do dia 20 de setembro

Sua mãe e seus irmãos vieram ter com ele, mas não podiam se aproximar, por causada multidão. Alguém lhe comunicou: "Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem te ver". Ele respondeu: "Minha mãe e meus irmãos são estes: os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática".

Diariamente, Deus nos dá presentes

Bom dia! Em cada amanhecer, Deus nos dá novas oportunidades. Eu agradeço diariamente estas oportunidades que ele me dá. Viver mais um dia é um presente e tanto. Quero ser digno desse presente! Deus nos abençoe em mais esse dia. Deus nos abraça! Bom dia

segunda-feira, 19 de setembro de 2011


Eis a minha força. Eis a minha motivação. Eis a minha coragem. De joelhos, peço e agradeço. Mais agradeço do que peço. É o que me segura. É o que me anima. É o que faz seguir adiante e viver cada dia.



Oração

Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, guarda, governa e ilumina. Amém.

Seja bem-vindo!

Olá, bem- vindo ao meu blog. Este espaço pertence a um catequista apaixonado pela missão. Um catequista que ama ser catequista e que apesar das dificuldades, está presente na sua missão há mais de 30 anos. Este espaço é  de um catequista vocacionado. Sim, para ser catequista, é preciso vocação e não apenas boa vontade. Lembro: este blog pertence a um catequista que ama ser catequista, que ama a sua Igreja e que entende a sua missão como algo importante para divulgação do projeto de Deus.
Então, seja bem-vindo. Você encontrará aqui, depoimentos pessoais, textos que saem do coração de um cara apaixonado pela missão. Não tenho fórmulas prontas. Entre, fique à vontade, leia o que achar interessante e deguste esta minha paixão e faça de suas ações, também ações apaixonadas e missionárias. Aqui você encontrará conteúdos elaborados e postados, por um catequista vocacionado, e depoimentos de muitos outros catequistas apaixonados, que atuam por esse Brasilzão de Deus. Sou daqueles que não quer mais ficar fazendo a mesmice e busca constantamente avançar para águas mais profundas!
Entre, seja bem-vindo, e que Deus abençoe a sua missão! E lembre-se: um catequista precisa incomodar!

Citação bíblica

"Nao peneire o grão em qualquer vento, nem siga por qualquer direção. Seja constante no modo de pensar e coerente na maneira de falar. Esteja pronto para ouvir e lento para dar a resposta. Se você for capaz, responda a seu próximo; se não for, fiquei calado. Falar pode trazer honra ou desonra, e a língua do homem é sua ruína" ( Eclesiástico 6)

Incrível. Estive no Haiti em 2010 e fui até o local onde a Igreja desababou com o terremoto do ano passado. Tudo estava destruído ao redor. Apenas uma cruz ficou intacta. Reparem no final desse vídeo. É evangelizador. Quando estive em Porto Príncipe, era questão de honra visitar alguns locais. Na frente dessa cruz, chorei feito uma criança. Ó vídeo é uma reportagem da TV GLOBO minutos após o desabamento da Igreja, que segundo informações, era onde estava a Dra Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança.


Fui um menino chorão, emotivo por natureza. Chorei por vários motivos. Hoje, adulto, muita coisa ainda me emociona. Ainda choro por situações que vivencio.

Adoro flores amarelas

Oração do dia

OraçãoPai, que minha condição de membro da grande família do Reino se expresse no meu modo de proceder. Pela disposição a amar, quero dar provas de ser teu filho

Evangelho do dia 20 de setembro - Prática da Palavra

Sua mãe e seus irmãos vieram ter com ele, mas não podiam se aproximar, por causada multidão. Alguém lhe comunicou: "Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem te ver". Ele respondeu: "Minha mãe e meus irmãos são estes: os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática". Lc 8,19-21

Um eterno aprendiz

Um catequista precisa ser antes de tudo,  um líder. E liderar não é fazer. Liderar é fazer fazer. E ninguém faz com que os outros façam alguma coisa sem um trabalho conjunto e de equipe. E criar uma equipe significa engajar, capacitar e, acima de tudo, inspirar. Líderes devem inspirar pessoas.
Na medida em que vamos nos  envolvendo nesta linda missão que nos é  confiada, Deus parece ampliar seu chamado. E quando nos damos conta, já estamos completamente envolvidos. Quem descobre a bênção que é servir e trabalhar em prol de um projeto diferente, não recua, mas sim, avança.

Quando chegamos nesta estágio, muita coisa muda. Chega um ponto no trabalho de um líder que é não é mais suficiente inspirar quem faz. Torna-se necessário inspirar quem inspira quem faz. É o tamanho da missão que muda. Começamos a perceber a magnitude da missão e da nossa capacidade de envolvimento. Um líder precisa saber lidar com as exigências e aí, terá que saber trabalhar muito bem com a equipe que tem ao seu lado.Empoderar outras pessoas, fazê-las fazer, inspirar quem inspira quem faz. Ao líder, torna-se imprescindível formar pessoas capazes de ampliar os horizontes, mantendo as conquistas, avaliando a caminhada, corrigindo rumos que precisam ser corrigidos, e encorajando a equipe a continuar caminhando.

Nem sempre as pessoas  se dão  conta do quanto  são  importantes para o projeto do Pai. Falta  a percepção  de que o convite que  foi feito, não é  humano, mas divino.  Eis a razão pela qual, muitos cristãos ficam zanzando para lá e para cá, agindo apenas na casca, no externo, sem a  verdadeira  radicalidade que exige o discipulado.

Falta o envolvimento verdadeiro, concreto, a ponto de fazer com que outros também façam,  que  inspira e encoraja, que eleva e empodera.
Não existe missão evangelizadora sem que surjam outros seguidores. Líderes precisam de seguidores. Liderar necessita de opção concreta, além de conhecimento, estudo, aprendizado, dedicação e, principalmente,  o gosto pelas pessoas.

De uma vez por todas, precisamos assumir com coragem e ardor a condição e a atitude de discípulos.  É a prática do Evangelho e não apenas a teoria.
O Doutor em Teologia José Comblin diz no livro Evangelizar, publicado pela Paulus em 2010, que o Evangelho de Jesus fica escondido para as pessoas que não o praticam. Segundo ele, existe o privilégio da ação ou da prática. “Quem não começa a agir como discípulo não pode entender nada. Pois é agir como discípulo, a ação que consiste em seguir Jesus na verdadeira lei do Pai, que fornece a chave do Evangelho. Quem não procura se empenhar ou se comprometer nunca chegará a ver nada daquilo que Jesus proclama”, diz Comblin.

E ele diz mais. “O discípulo é uma pessoa comprometida, engajada de modo definitivo e radical. Para ser discípulo, é preciso dedicar-se totalmente a essa tarefa e deixar tudo o que for obstáculo. Ser discípulo torna-se norma última. O que caracteriza o discípulo é a sua radicalidade.”

É desafiador para um reles catequista  viver a radicalidade do evangelho.  Ser radical , nesse caso, significa comprometer-se. Comprometimento tem a ver com mudanças profundas no próprio comportamento. Passa também pela coragem  de agir, de denunciar o que não faz parte do projeto do Pai e, ao mesmo tempo, pela humildade de saber se relacionar e aprender com a caminhada. Um líder não é o dono da verdade.

O discípulo é um eterno aprendiz. O evangelho é um convite para sermos aprendizes. O discípulo não pode ter a pretensão de ser grande, porque sempre está na condição das crianças que aprendem: “Se não nos tornardes como crianças, não podereis entrar no reino dos céus”   ( MT – 18,3)O líder precisa ter consciência que não será eterno nem infalível. Cedo ou tarde, ele precisará ser substituído, temporária ou definitivamente. É assim que as coisas funcionam na nossa vida pastoral. Infelizmente, alguns sentem-se eternos nos cargos que ocupam na comunidade. Com isso, não abrem caminhos, não formam novas lideranças, ficam avessos a novas idéias. E não surgem novos líderes, novos apaixonados pela missão, novas pessoas engajadas e imbuídas do mesmo espírito que nos fez permanecer até então na caminhada.

Um catequista precisa ser antes de tudo, um líder. E liderar não é fazer. Liderar é fazer fazer. Mas ninguém faz sozinho. É preciso caminhar em equipe. E criar uma equipe significa engajar, capacitar e, acima de tudo, inspirar.
Líderes devem inspirar pessoas.
E eternos aprendizes.
E radicais na obediência do evangelho.
Se não for assim, não é missão, nem mesmo discipulado.
É tarefa que qualquer um faz, de qualquer jeito!

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( *A parte de liderança deste texto foi inspirada num artigo de Eugênio Mussak, publicado na página 134 da Revista Você S/A, edição de novembro de 2010. Li, gostei e fiz algumas adaptações)

( * A parte sobre discipulado neste texto foi inspirada no livro do Teólogo José Comblin chamado EVANGELIZAR, páginas 26 e 27. O livro é leitura obrigatória para todos os catequistas, ou alguém que atua como catequistas acha que não é necessária nenhuma leitura ou estudo?  O livro EVANGELIZAR foi publicado pela Paulus em 2010)

Frase do dia

Se  a tempestade não passar, aprenda a dançar na chuva!

Nossos dons precisam ser partilhados

Ninguém acende uma lâmpada para escondê-la debaixo de uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama; ela é posta no candelabro, a fim de que os que entram vejam a claridade. Ora, nada há de escondido que não venha a ser descoberto. Nada há de secreto que não venha a ser conhecido e se tornar público. Olhai, portanto, a maneira como ouvis! Pois a quem tem será dado, e a quem não tem, até aquilo que julga ter lhe será tirado!

Catequistas são pedras preciosas. Deus lapida a cada dia. Para ele, somos pedras valorosas!

A catequese fracassa quando tenta imitar um sistema escolar fracassado

A foto esta posta da seguinte maneira: jovens sorridentes, bem vestidos, com livros e cadernos na mão. No topo da página está colocada a seguinte manchete: “ É preciso preencher a cabeça deles”. A matéria da revista Veja trata do desempenho pífio de jovens brasileiros no Exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM. A matéria começa citando uma história acontecida nos anos 50. “Quando o prêmio Nobel de Física Richard Feynman esteve no Brasil, ficou assombrado com o que viu. Ao tomar contato com estudantes às vésperas do vestibular, espantaram-no tanto o pendor local pela decoreba de fórmulas com a completa ignorância sobre o seu significado.” Mais adiante, a reportagem cita o sociólogo Simon Schwartzman. Ele analisa o sistema de educação brasileiro dizendo que as aulas são rasas, desinteressantes, incapazes de preparar estudantes do século XXI para disputar espaço em um mercado de trabalho global no qual a capacidade de inovar é cada vez mais valiosa.

Esta é a análise que a revista faz na sua edição deste final de semana, sobre as aulas e o desempenho dos estudantes na prova do ENEM.. A reportagem destaca algumas razões que explicam o cenário de terra devastada, que começa pelo despreparo dos professores. “ A maioria deles desembarca na sala de aula sem nenhuma estratégia para despertar o interesse de jovens inseridos em um mundo no qual o saber enciclopédio deixou de fazer sentido diante da internet.”

E para ficar em apenas mais uma citação da reportagem da Veja, a matéria diz que o ensino médio brasileiro se apoia em uma equação que não tem como dar certo: em nenhum outro lugar do mundo se despeja tanto conteúdo na lousa em tão pouco tempo. E qual a lição que fica das escolas brasileiras que tiveram as melhores notas? Os alunos passam pelo menos seis horas na escola – duas a mais que a média brasileira. Todos os professores têm ensino superior completo e são permanentemente estimulados a continuar estudando. As aulas são planejadas e não intuitivas, como é tão comum em escolas brasileiras. Os diretores são figuras presentes na rotina escolar e a indisciplina é prontamente punida.

Introduzi este texto que trata do ensino brasileiro, para chegar até a realidade da catequese na nossa Igreja. Façamos um exercício de colocar o texto acima no contexto catequético, será que não chegaríamos as mesmas conclusões? E se fizéssemos uma espécie de ENACA- Exame Nacional de Catequese- com os nossos jovens e catequistas, que notas teríamos? Se arriscássemos numa análise mais profunda das condições de trabalho dos catequistas, do interesse real de nossas paróquias e comunidades com a evangelização de crianças e jovens e se entrássemos fundo na capacidade e formação de nossos catequistas, que resultados teríamos?

Já que muitos catequistas ainda insistem em fazer de seus encontros, aulas e já que muitas paróquias fazem da catequese uma ação semelhante a qualquer escola normal; já que temos muito padres que se mostram ausentes do processo evangelizador, são poucos participativos no planejamento e no envolvimento com a catequese; já que os jovens e crianças, quando “saem” da catequese se dizem aliviados e muitos nunca mais sequer passam na frente da igreja; já que temos pais omissos, pouco interessados e que terceirizam a educação da fé de seus filhos, bem igual ao que fazem com a escola normal; Já que tanta coisa que acontece na catequese é muito parecida com o que acontece no ensino brasileiro, é possível fazer uma relação e considerar alguns aspectos.

A catequese, tal qual é feita na maioria das paróquias, é inútil. Vai do nada para lugar algum. Temos em boa parte das paróquias, catequistas despreparados, sem formação e que atuam apenas na boa vontade. E dessa forma, a catequese não toca, não transforma e em alguns casos, apenas anima. Os jovens e as crianças saem da catequese sem nenhum aprendizado. Não querem aprender. Não estão afim. Os encontros são, invariavelmente, mau planejados. A catequese, com raras exceções, anda sem planejamento algum na maioria das paróquias. E por isso não consegue tocar corações e fazer transformações necessárias.
Não estou sendo pessimista e fazendo terra arrasada. Mas é essa a realidade que eu vejo em muitas comunidades e paróquias e nos contatos com catequistas de todo o Brasil. Sendo um catequista, também noto que é muito difícil passar alguma coisas para estes jovens. Apesar do meu esforço, eles parecem não estar afim das coisas de Deus. Mas não é apenas nas coisas de Deus. Eles não estão afim de nada. Não querem saber da escola, muito menos de estudar. Desrespeitam os pais e estão cada vez mais empenhados apenas nas relações virtuais.

Se a escola naõ consegue esta transformação e os resultados do ENEM são a prova disso, como a catequese vai transformar corações, falando das coisas de Deus, da maneira que estamos atuando?
Esses dias conversei demoradamente com o Irmão Nery. Ele esteve em Caxias do Sul. O irmão Nery é uma sumidade em catequese. Escreveu mais de 50 livros sobre o assunto. Ele me disse o seguinte: “ A catequese precisa trabalhar com os adultos. Precisa priorizar os adultos”. Fiquei com isso na cabeça. Ele não é o primeiro a me dizer isso. As vezes, eu acho que deveríamos abandonar esta catequese com jovens e crianças. Ela não leva a nada. O resultado é quase nulo. Estes encontros semanais são irrelevantes, cansativos, sem graça e não deixam marcas. É assim na maioria das paróquias. E nós, catequistas, nos cansamos com tanto descaso.

Quando eu participo de encontros como o que eu participei na semana passada num final de semana inteiro, planejado, organizado, com momentos de alegria, música e espiritualidade, onde os catequistas também foram contemplados com formação e onde teve também, um momento especial com os pais, aí eu me animo novamente. Precisamos de um novo primeiro anúncio. Encontros fortes, momentos de testemunhos, de participação coletiva são mais “tocantes” do que qualquer encontro semanal. O kerigma que arriscamos fazer por aqui, encontros de dois dias com experiências fortes de oração e encontro, tem surtido um efeito incrível. E o efeito desses encontros se espalha para catequistas, perpassa pelos pais e atinge em cheio os jovens. No último encontro desses moldes que participei na cidade de Carlos Barbosa, próxima aqui de Caxias do Sul, até o Padre se mostrou emocionado com tudo que aconteceu.

Por isso, me convenço, que esta fórmula de encontros semanais sem planejamento, sem oração, sem bíblia, com catequistas sem preparo, sem formação, sem espiritualidade, com padres ausentes do andamento da catequese, esta fórmula não funciona, é tempo perdido. Encontros assim, catequese que anda nesse ritmo, imita a escola. Catequistas assim, imitam professores. E imitar um sistema educacional fracassado, não é a melhor maneira de evangelizar. ( Alberto Meneguzzi)