"Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um filme mais ou menos, um livro mais ou menos. Tudo perda de tempo. Viver tem que ser perturbador. O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia.”
Li isso em algum lugar e não sei nem o autor, mas desde então, eventualmente publico meu blog e na minha página de facebook e utilizo nas palestras que sou convidado a dar. Hoje, voltou-me este texto. Ele se enquadra perfeitamente ao meu estilo de vida. Eu também sempre desprezei as coisas mornas. Sempre tentei, em tudo, fazer as coisas diferentes. Minhas paixões, por exemplo, desde a adolescência, sempre foram muito intensas, meus amores sempre foram muito amados. No que se refere aos sentimentos, sempre me joguei de corpo e alma. Não foi e nem é diferente na minha relação com os amigos. Amigos, para mim, são amigos mesmo e por eles me dedico de corpo e alma. Claro, ser assim, intenso e verdadeiro, causa problemas em algumas situações. Azar. Prefiro ser assim a ser morno, fazendo tudo de maneira mais ou menos, sem experimentar o sabor de fazer melhor ou o dissabor de descobrir que algo não deu certo e que é preciso refazer o rumo.
Também sou assim, e sempre fui, na minha caminhada de Igreja. Sou um privilegiado em ter descoberto tantos caminhos diferentes no projeto de Deus. Sou um privilegiado em ser catequista. E como sempre encarei minha missão como algo sério, também procuro fazer da evangelização algo sempre muito intenso e profundo e não a mesmice irritante que não toca, que não muda e que não indica caminhos diferentes.
Sou assim, sempre fui e já paguei o preço desse meu jeito. Mas não me importo. O que posso ter feito de errado, corrigi, porque junto com esta minha intensidade, também apreendi a ser humilde e a pedir desculpas e perdão quanto preciso for. “O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia.”
Viver tem que ser pertubador. Um catequista precisa incomodar.
Um evangelizador precisa passar a mensagem de tal forma que toque corações, ou no mínimo, cause no receptor algum efeito ( Alberto Meneguzzi)
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